Postado em 23/02/2014 por Arnaldo Lorençato | Comentários

O belo salão do Mozza: não completou dez meses
Ao fechar monumental porta com motivos de inspiração mourisca às 22h de hoje, o Mozza encerrou uma trajetória de menos de dez meses (* 30-4-2013 – † 23-2-2014). Nem a qualidade da cozinha, assinada pelos chefs Salvatore Loi e Paulo Barros, nem os drinques criados pelo mixologista-consultor Rafael Pizanti, salvaram o bar-restaurante do fim. Barros, que é um dos sócios da casa que pertence ao Grupo Egeu (General Prime Burger, Girarrosto, Italy e Kaá), me contou que “a conta não fechava”, embora o belo salão estive sempre cheio.
+ Leia sobre o fechamento do Alma María
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O Mozza, que causou frisson em sua abertura e foi eleito o bar revelação na edição “Comer & Beber” em outubro do ano passado, teve a mesma sina de seu antecessor, o Alma María (* 8-12-2011 – † 13-6-2012), montado pelo empresário espanhol Juan Escudero. Mesmo lotado, o restaurante espanhol, especializado em tapas e erguido do custo de cerca de 7 milhões de reais, durou só seis meses.
Resta saber se o próximo inquilino do número 439 da badalada Rua Oscar Freire conseguirá espantar o mico que ronda o lugar. Haja pé de coelho, ferradura, trevo de quatro folhas!
Atualização em 24 de fevereiro de 2014, 13h25
Em entrevista com o sócio e líder do Grupo Egeu, Paulo Kress Moreira, ele conta que não pensa em entregar o ponto do Mozza. “Acho o lugar fantástico. Vamos ver como podemos viabilizar um novo negócio, talvez um restaurante japonês como era o projeto original ou mesmo um bar. Agora é o momento de refletir durante o Carnaval e propor alguma coisa que o público queira naquela região”.
O empresário admite que houve um erro na operação. Kress Moreira acredita que o Mozza não decolou porque o público não entendeu se o lugar era era um bar ou um restaurante, já que oferecia uma gastronomia mais refinada. “Era difícil explicar para a clientela que o Paulo Barros e o Salvatore Loi tinham um bar”. Outro problema é que durante durante a semana, o público de almoço não era forte. “O almoço nos Jardins acontece com mais força da Alameda Tietê para cima”, avalia. Resta saber o que virá por aí.
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Postado em 22/02/2014 por Arnaldo Lorençato | Comentários

Ohta: “Além do Itaim, até maio chegaremos no Rio” (Foto: arquivo pessoal)
Point de moçada no fim da Rua da Consolação, o Mori Sushi/Ohta tem previsão de ganhar a primeira filial até o fim de março. O restaurante, especializado em rodízio de pratos japoneses, surgiu dez anos atrás nos Jardins e chega agora ao Itaim. Ocupará o ponto deixado pelo Koban, na Rua Doutor Mário Ferraz, 449.
É um projeto dos sócios Fernando Ohta e os irmãos Fabio e Ronei Lamana, donos de uma distribuidora de queijos. “Estamos investindo 1,5 milhão de reais nessa nova casa, que terá 110 lugares”, adianta Ohta. “Também abriremos nossa primeira unidade no Rio. Fica na área de expansão do Barra Shopping e deve estar pronta no fim de maio.”
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Fachada: as obras devem terminar até o fim de março (Projeto: Marcos Cruz)
Responsável pela comida japonesa em estilo brasileiro, o chef e sushiman Daniel Hirata tomará conta do cardápio do trio de casas. O cozinheiro promete surpreender a clientela com pratos da moda, como os ceviches, que faz à sua maneira.
Na sempre concorrida matriz dos Jardins, Ohta contabiliza ter atendido 200.000 pessoas no ano passado, a maioria delas atraída pelo rodízio moderninho. Para servir tanta gente, a casa tem 105 funcionários, dezessete deles sushimen. Foram eles que ao longo de 2013 transformaram 100 toneladas de salmão em 27,3 mil peças de sashimis e niguiris. Embora não se use salmão para sushis no Japão, o peixe de cor laranja e rico em gordura caiu na graça dos paulistanos. Do mais nobre dos pescado para esse tipo de receita – o atum – foram 15 toneladas. Também saíram do balcão da 7 toneladas de polvo e 7,5 toneladas de camarão. Ohta diz que a fidelidade do público é que permite o ambicioso projeto de expansão da marca.

Perspectiva do alto (Projeto: Marcos Cruz)
Quando foi aberto em 2004, o restaurante era uma filial do Mori Sushi, que funciona em Perdizes desde 1992 e pertence a Francisco Morita, sócio também de uma unidade em Moema. Dois anos depois, houve uma separação no negócio e os cardápios dos Mori Perdizes e Jardins foram se tornando diferentes. Para marcar essa ruptura, a partir de novembro de 2012, a casa da Rua Consolação passou a se chamar Mori Sushi/Ohta. “Pretendemos usar o nome Ohta no futuro, mas essa será uma transição lenta”, conta Ohta.

Visual do futuro salão (Projeto: Marcos Cruz)
Conheça o cardápio do Mori Sushi/Ohta.
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Postado em 22/02/2014 por Arnaldo Lorençato | Comentários

Confira o cardápio do Alma Cozinha, tema de minha crítica na revista desta semana. Clique aqui para baixá-lo (PDF).
Postado em 17/02/2014 por Arnaldo Lorençato | 4 comentários

Onde começa e termina São Paulo? Difícil dizer. A cidade cresceu avassaladoramente e encostou nos municípios vizinhos. Ao sul e a leste, toca no famoso ABC. De tão juntinhos, há gente do lado de lá da fronteira o tempo todo na capital e vice-versa.
Para satisfazer o apetite de quem mora ou trabalha em Santo André, São Bernardo e São Caetano um guia é infalível: o especial “Comer & Beber” VEJA ABC. Desde 2007, a edição anual publica os melhores endereços de restaurantes, bares e comidinhas.
Neste ano, há uma tremenda novidade. Como já acontece em São Paulo, o leitor do ABC também vai eleger os melhores das três cidades.
São dezessete categorias concorrendo. Não faltam o melhor boteco, o melhor hambúrguer e o melhor salgado. Tem também o melhor frango com polenta, especialidade daquele pedaço.
Basta escrever seu endereço favorito no campo de busca. Caso o nome não apareça na lista feita pela redação, dá para acrescentar livremente seu predileto.
Você é o jurado. Basta um clique. Você tem até 14 de março para votar.
Postado em 15/02/2014 por Arnaldo Lorençato | Comentários

Confira o cardápio do restaurante Trattoria, tema de minha crítica na revista desta semana. Clique aqui para baixá-lo (formato PDF).
Postado em 14/02/2014 por Arnaldo Lorençato | 5 comentários

Salão pronto para o funcionamento: detalhes sinuosos na parede e no piso (Foto: divulgação)
Nada da noren, aquela cortinha clássica pendurada na entrada, nem dos barcos de madeira para sushi encontrados nos restaurantes japoneses da Liberdade. No Roppongi (Rua Lopes Neto, 15, tel. 3079-0324), que tem previsão de reabertura no jantar da próxima terça, 18 de fevereiro, o visual é moderno. A casa, que fez sucesso nos anos 90 com seu salão hig-tech e comida caprichada, funcionará no mesmo Itaim, a pouco metros de seu endereço original, fechado há uma década.
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Quando foi montado em 1995 pelo empresário Luiz Henrique Marcondes – licenciador da marca –, o Roppongi ficava no térreo de um flat na Rua Jorge Coelho. Retorna agora no endereço que pertenceu ao extinto Ping Pong, chinês de origem londrina. Desse inquilino anterior não guardou um único detalhe de decoração. Marcondes, também autor do design da casa original inspirada em Roppongi, o mais boêmio dos bairro de Tóquio, também assina a ambientação do novo restaurante.

O balcão original: a casa funcionou na Rua Jorge Coelho, também no Itaim (Eduardo Pozella)
Estão de volta a parede sinuosa junto do balcão em forma de “s”. É ali que a equipe de sushimen fará as receitas criadas pelo chef-consultor Carlos Ohata. Embora os pratos japoneses continuem a ser destaque no menu, eles dividirão a atenção da clientela com atrações de outros países asiáticos. Os ceviches em estilo peruano também estarão no cardápio, assim como alguns pratos da cozinha fusion. Para por o Roppongi em pé, o quarteto de proprietários liderados por Wellington Oliveira, Ton, e Fabiano Guerra, estima ter investido 4,2 milhões de reais.
A conferir.
Conheça o cardápio do Roppongi.
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Postado em 14/02/2014 por Arnaldo Lorençato | 4 comentários

Doces em versão tradicional: salpicados de açúcar e canela (Fotos: Marcos Cimardi)
O empresário Arcadio Martinez ficou conhecido por ter sido fundador do extinto eñe. Ele abriu o restaurante junto com os gêmeos e chefs catalães Sergio e Xavier Torres, no Itaim, onde hoje funciona o The Gourmet Tea. A casa de moderna cozinha espanhola, fechada em 6 de abril de 2013, levou o título de melhor de sua categoria na edição especial “Comer & Beber” de VEJA SÃO PAULO em 2010.
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É justamente do finado restaurante que vem a inspiração para o novo negócio. Aliás, de uma das melhores sobremesas do eñe, os churros. No novo churrosMix, em funcionamento desde o fim do ano passado no Shopping Pátio Paulista em frente às salas de cinema, Martinez fez uma adaptação. Originalmente, as massinhas fritas eram para ser mergulhadas em doce de leite e em calda de chocolate. No quiosque de 8 metros quadrados, elas aparecem recheadas, do jeitão que o paulistano gosta.

Com coberturas especiais: chocolate granulado e castanha entre as opções
“Primeiro, a massa é frita numa cozinha fora daqui. No shopping, aquecemos no forno para finalizar e ficar crocante”, assegura. Entre os sabores, há doce de leite argentino, brigadeiro de chocolate belga, goiabada e tiramisu, todos salpicados de açúcar e canela. Custam 7 reais cada um. Para acrescentar coberturas especiais, paga-se 1 real a mais. Quem não pode comer açúcar, tem como opção o zero, recheado de doce de leite diet.
Ainda não conferi a novidade. Está na minha rota de visitas.
Atenção: só não vale chamar esses churros de gourmets. Já deu!

Quiosque no shopping: primeiro ponto de venda das guloseimas (Foto: Arcadio Martinez)
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Postado em 13/02/2014 por Arnaldo Lorençato | 1 comentário

Primeira filial na cidade: entre os edifícios residenciais do Campo Belo (Fotos: divulgação)
Como parte de um processo de expansão iniciado no ano passado, a Maremonti Pizza & Cucina inaugura mais uma unidade paulistana amanhã. A nova casa fica no Campo Belo (Rua Princesa Isabel, 953 tel. 5093-3121) e tem cardápio idêntico ao da unidade do Jardim Paulista. É a sexta loja da rede, que tem filiais em Alphaville, Campinas e Ribeirão Preto, além do endereço piloto na Riviera de São Lourenço. Neste fim de semana, o funcionamento é apenas no jantar. A partir de segunda, abre também para o almoço e tem capacidade para 130 lugares.
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+ Moreno Colosimo é chef do Piselli desde o ano passado
Originalmente, o projeto de transformar o misto de pizzaria e trattoria em rede era de Juscelino Pereira (do Piselli), Ricardo Trevisani e de quatro sócios investidores. “Os investidores não compartilhavam, porém, o mesmo interesse de crescimento. Felizmente, eu e o Ricardinho nos associamos a Arri Coser [ex-proprietário da rede de rodízios Fogo de Chão e um dos donos da NB Steak], que representa a gestora de private equity BR Opportunities”, conta Pereira. “Antes, não tínhamos a força necessária. Agora, a coisa está galopante.”

O salão pronto para receber a clientela: 130 lugares
O sócio operacional da rede diz que o plano é chegar a dez endereços até o fim deste ano. Já está definido o próximo ponto paulistano que deve ser aberto até maio. Será no complexo empresarial e residencial FL Faria Lima, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 4300. O próximo passo é tornar a a rede em uma cadeia nacional. Por isso, ela está concentrada na holding MDPZ Participações.
Embora seja um negócio ambicioso, ele começou como uma espécie de conversa de compadres, ou melhor, de confrades. “Conheço o Juscelino há bastante tempo. Temos uma confraria de vinho e viajamos juntos fazendo pesquisa de comida. Em uma dessas viagens, ele falou de um plano de expansão”, conta Arri Coser. O restaurateur percebeu que a pizzaria tinha escala para crescer e tornou-se sócio. “Estamos investindo 2,5 milhões de reais no Campo Belo”, contabiliza. “Esse é o custo médio de cada loja.”

Funcionamento especial de inauguração: serve apenas jantar até domingo
Quem passar pelo restaurante, poderá saborear novidades que foram adicionadas ao menu de inauguração. A pizza san paolo, nome escolhido pelos clientes em uma enquete feita em redes sociais, leva mortadela italiana na cobertura. Há ainda saladas como a maremonti, misto de folhas, lulas, cogumelos grelhados em crosta de ervas.

Pizza de mortadela: criada especialmente para abertura da nova casa e batizada pelos clientes em enquete realizada nas redes sociais
Confira com exclusividade o cardápio com novos pratos.
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Postado em 07/02/2014 por Arnaldo Lorençato | 3 comentários

Fachada da nova casa: transformação de bufê infantil em steak house
Conhecido empresário do mundo dos bufês infantis, Leandro Tavares, de 36 anos, dá os primeiros passos para se tornar restaurateur. O empresário, arquiteto de formação e proprietário de onze unidades da casa de festas Planeta Kids, com onze unidades espalhadas por São Paulo, deve abrir até o fim de março o Carbone. A churrascaria, ou melhor, uma steak house como ele prefere, ocupará o número 1556 da Rua Cerro Corá, no Alto da Lapa, onde funcionava uma das unidades do bufê. Terá vizinho de frente o restaurante português Quinta de Santa Maria, um dos melhores da cidade.
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+ Para bancar o chef: as receitas de VEJA SÃO PAULO
A grande atração casa será um forno espanhol Josper, uma espécie de churrasqueira fechada a carvão. Daí o nome Carbone. Considerado a Ferrari do segmento, esse forno é o segundo Josper da cidade. O primeiro deles foi instalado no italiano Attimo, inaugurado em 2012. “Compramos o equipamento, que chegou no dia 4 de fevereiro, por 50 mil reais”, conta Tavares. “Na montagem do restaurante, devemos investir um total de 950 mil reais.”
Para desenvolver o cardárpio, o neo-restaurateur convidou o chef midiático Carlos Bertolazzi (Homens Gourmet, sic, no Fox Life). A princípio, o empresário queria abrir uma franquia do Per Paolo, rede de cantinas chiques na qual Bertolazzi é sócio. Como se tratava de um espaço muito grande, com salão para 120 lugares, veio a ideia de montar uma churrascaria bacana em uma região pobre em opções gastronômicas. Os testes para os grelhados e as receitas começam nesta semana.
“Fui até o Rio conhecer CT Boucherie”, revela Tavares, que copiou o modelo de servir grelhados à la carte com um rodízio de acompanhamentos e pratos implantado pelo chef Claude Troisgros na churrascaria do Leblon. “Acredito que faremos uma operação melhor do que essa”, emenda o empresário com boa dose de pretensão.
Bertolazzi, responsável pelo cardápio, explica que priorizará carnes em estilo argentino, como os bifes ancho e de chorizo. Mas não faltará, por exemplo, filé-mignon. “Queremos ter inclusive um peito de pato, já que o forno é muito bom.” O rodízio de acompanhamentos, com itens como aspargo ao forno, será reforçado por massas e risotos. “Os macarrões frescos serão todos do Per Paolo”, diz o cozinheiro.
Entusiasmado com o mundo da restauração, Tavares não desistiu de ter um Per Paolo. A trattoria ficará na Rua Verbo Divino, na Chácara Santo Antônio, em um minisshopping que deve ser aberto em abril.

Salão: com capacidade para 120 pessoas, terá como atração um forno espanhol Josper
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Postado em 31/01/2014 por Arnaldo Lorençato | 2 comentários

Vinhedos com os Andes ao fundo: beneficiados pela água pura da cordilheira (Fotos: divulgação)
O executivo Rodolfo Spielmann sempre alimentou o sonho de ter uma vinícola como muitos apaixonados por vinho. Um sonho caro que parecia distante para esse portenho que estudou economia nos Estados Unidos e mergulhou de cabeça no trabalho como executivo do mercado financeiro em países como Espanha e Alemanha. “Sempre que viajava, trazia muitos vinhos na mala”, lembra. “Na Europa, tive a oportunidade de conhecer várias regiões vinícolas.”
O primeiro passo para ser tornar vinhateiro veio quando ele se transferiu para São Paulo no fim do ano 2000. Ficou mais perto da Argentina, onde começou a procurar vinhedos para comprar. Em Mendoza, percorreu o Valle de Uco, onde encontrou velhas vinhas, mais precisamente, na região de Luján de Cuyo, localizadas entre as vinícolas Achaval Ferrer e Viñas Cobos. “Meu foco sempre foi ter uvas de qualidade”, diz o dono da Spielmann States, uma vinícola-butique concentrada numa pequena linha de rótulos.

Malbec: a uva símbolo da Argentina em vinhas centenárias
Ele entrou em contato com o enólogo Pepe Galante, que trabalhou por décadas para a consagrada Catena Zapata e, hoje, está à frente da Salentein. Com o auxílio do especialista, pode bater o martelo na escolha do vinhedo. São 30 hectares na Calle Cobos e com malbec plantado em 1910, certificado pelo INV, o Instituto Nacional de Vitivinicultura. “Os registros mais antigos indicam que começaram a plantar uvas ali por volta de 1860”, garante.
O negócio foi fechado em dezembro de 2009. Como se trata de uma zona considerada premuim, o hectare custa entre 70 e 80 mil dólares. “Se for um vinhedo que necessita de melhoramentos como irrigação, o caso do meu, o investimento do hectare é um pouco mais em conta. Fica em torno de 50 mil dólares”, contabiliza. “Embora fosse um diamante bruto, a propriedade estava abandonada quando a compramos.”

Spielmann: sonho realizado de produzir o próprio vinho
A produção já começou. As parreiras mais velhas, de malbec, têm mais de 100 anos. Dos dezesseis antigos hectares, foram preservados onze. Os demais se perderam em um incêndio. No lugar, foram plantadas as cepas cabernet sauvignon, syrah e petit verdot.
Spielmann desenvolveu três rótulos, o Canal Flores, Viñedo 1910 e Mitos y Leyendas.

Rota de belezas: convite para visitar a região
O Canal Flores é um corte predominantemente de malbec com cabernet sauvignon e syrah, envelhecido em barris de carvalho francês por doze meses. Já estão disponíveis as safras 2010, 2011, 2012 e 2013.
Elaborado apenas com malbec centenária, o Viñedo 1910 é microfermentado em pequenos tanques de inox de 1.000 litros com o objetivo de aumentar o contato das cascas com o sumo extraído das uvas, o que dá intensidade de cor, aroma e sabor. Depois, descansa por quinze meses em barris de carvalho francês. A primeira safra foi a 2012 e a 2013 também está finalizada.

Canal Flores 2010: um dos três rótulos produzidos
Para homenagear a região de Mendoza, Spielmann criou o Mitos y Leyendas. Seus rótulos trazem um novo mito ou lenda da região Mendoza. Os primeiros exemplares foram produzidos em 2012 com microfermentação em barris de carvalho francês de 225 litros usados. Em seguida, permaneceram em envelhecimento por mais dezoito meses em barris novos de carvalho.
Spilemann pode comemorar. Tem uma vinícola para chamar de sua e em franca produção.
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